O mercado é implacável para aqueles que não evoluem. Falo isso tanto na carreira pessoal quanto para as empresas. Como a última é de responsabilidade de um líder, logo ela será afetada pelo comportamento desse. Nesta hora ou a empresa entra em um declínio visível ano a ano até ser convidada a se retirar. A responsabilidade é total do líder, que está ali justamente para buscar inovações e tomar decisões. O líder não precisa ter todas as respostas, mas ser capaz de inspirar as pessoas a buscá-las. Justamente neste ponto que temos visto a grande dificuldade de muitas empresas inovarem. O culto ao líder e às posições hierárquicas fazem com que as pessoas esperem tudo de quem está no comando.

Este comportamento da equipe é motivado por gestores que são em sua maior parte egocêntricos, centralizadores e donos da razão. Ninguém gosta de trabalhar para alguém que gosta de parecer um Deus. Seu narcisismo faz com que a equipe tenha medo de tomar decisões. Seu humor faz com que as pessoas fiquem mais preocupadas como eles irão reagir do que o resultado que aquela decisão ou ação irá trazer de benefício para a empresa. Um ambiente assim é como um matadouro para o pensamento inovador, pois as pessoas passam quase o tempo todo tensas e preocupadas do que orgulhosas e felizes pela missão que estão que estão cumprindo.

Aliás, o sentimento de missão é inexistente. Empresas assim, além de não inovarem, afastam para longe os novos talentos e aqueles que não se importam se estão no cargo de diretor ou gerente, mas sim em fazer um trabalho com o desejo de mudar o mundo e deixar de alguma forma uma marca positiva na sociedade. A solução está na liderança se conscientizar que é preciso seu comportamento criando um ambiente onde as pessoas sintam-se a vontade para falar o que pensam sem se preocupar com represálias.

Um líder é aquela pessoas que além de gerir o negócio é capaz de mudar o que as pessoas sentem em relação ao trabalho que estão desempenhando. É preciso, por parte da equipe, ter total confiança na pessoa que está no comando e, para isso, o líder precisa ter uma empatia genuína, aquela que as pessoas percebem de maneira sutil no tom de voz, na maneira de se comunicar e principalmente no momento certo.

Quando um ambiente assim é criado, as pessoas sentem-se a vontade para colocar para fora seus erros sem medo de serem repreendidas, criando assim um ambiente propício para que a equipe foque a mente em criar soluções e sugerir mudanças, dedicando seu tempo folga a pesquisar e estudar, trazendo todo este conhecimento para a corporação. Assim o terreno para as inovações é criado, e a empresa irá evoluir e também não será mais pega desprevenida quando uma crise surgir.

Ronan Mairesse

Mentor de Líderes e Atletas

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