Tenho certeza que isso deve acontecer com você também ou já deve ter visto isso acontecer. Existem várias explicações para isso: problemas na criação, disfunções cognitivas, falta de capacidade e responsabilidade. Mas como não estamos aqui para ter soluções, irei abordar duas possibilidades, e essas são de total responsabilidade da liderança.

A primeira, entender que o mundo mudou e as pessoas estão confusas. Nosso cérebro não foi “projetado” para viver a vida que estamos vivendo. Temos mais de 60 mil pensamentos por dia e muitos deles pensando nos problemas, desejos e nas necessidades, gerando assim uma ansiedade enorme dentro do coração das pessoas. A ansiedade é um excesso de futuro em nossas mentes.

Quando estamos conectados a ela, acabamos não vivendo o aqui, agora, fazendo com que o nosso cérebro não preste atenção em 100% do que está sendo dito.

A solução é manter um clima organizacional que favoreça o desempenho. Se um funcionário já vai conversar com o líder com medo, a tendência que ele não compreenda o que está sendo dito é muito maior. Nesta hora é preciso o líder abrir diálogo, fazer perguntas e construir junto com a pessoa a solução dos problemas. Quando a pessoa participa, ela está empenhada. Se ela está empenhada, ela então está comprometida.

Segundo ponto é o estilo de comunicação do líder. No primeiro caso, sugeri através de perguntas o estilo democrático, em que as pessoas participam das tomadas de decisões para gerar responsabilidade, mas em primeiro lugar é preciso que o líder seja capaz de tocar o coração das pessoas. Pense comigo: você, quando está conversando com alguém, está disputando atenção com mais de 60 mil pensamentos e ainda uma série de distrações que passam pela mente do funcionário.

Sabendo disso, é preciso que o líder inove o seu discurso, aplicando o estilo visionário que é capaz de mexer com as emoções e atrair atenção para o momento presente. Ao falar com as pessoas, procure falar de futuro, os ganhos emocionais e financeiros que a pessoa vai ter em seguir a sua orientação.

Diga como você enxerga este funcionário, quais são os pontos fortes e o quanto você precisa de pessoas com este perfil e estilo para que a empresa cresça ainda mais.

Mas lembre-se: elogie sinceramente! Todos, sem exceção, tem algo para ser elogiado. Com um pouco de atenção e vontade você encontrará.

Ronan Mairesse

Consultor e Mentor organizacional

A mais de 10 anos ajudando empresas, líderes, atletas, clubes e seleções na busca da excelência!

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