Atitudes & Negócios por Ronan Mairesse
A importância do clima organizacional
É muito difícil ver ao longe quando estamos em meio ao furacão. O nosso dia a dia é repleto de situações que nos geram preocupações, tensão e ansiedade.
Quando a nossa mente está tomada dessas emoções, não conseguimos viver o momento presente e o pior, o nosso cérebro entra em modo de sobrevivência, ativando um mecanismo de ataque, defesa ou de fuga. Nessa hora acabamos vendo todo problema como algo muito ruim e não como uma oportunidade para evoluirmos ou aprendermos coisas novas.
É comum que líderes nesse momento não consigam tomar decisões assertivas e acabem atacando verbalmente suas equipes ou até mesmo fugindo da responsabilidade quando as demandas chegam. Vendedores já começam o atendimento derrotados, procurando se proteger de maneira negativa das possíveis objeções, passando assim uma imagem errada que são inseguros ou que estão com medo do cliente. Reclamar, acusar e condenar se tornam estratégias de defesa que fazem com que a equipe mantenha o foco no problema e não na solução.
O resultado é uma equipe carente de líder, uma equipe insegura e uma empresa com o clima organizacional comprometido, o que irá levar a resultados ruins se não for feito nada para mudar. E para piorar a situação, teremos profissionais emocionalmente ansiosos que acabam levando o problema para casa, uma por não dar o resultado que ele precisa para manter e elevar o padrão de vida da família e outra por não conseguir desligar da empresa mesmo nos momentos que está com as pessoas que ama. O resultado é uma vida complicada profissionalmente e esposa, esposo e filhos envolvidos num turbilhão de emoções que acabam comprometendo a saúde de todos que estão às voltas desse profissional.
A solução para problemas assim é incentivar cada vez mais os profissionais a terem momentos de relaxamento durante o dia. A mente para chegar em foco total precisa chegar a zero de concentração. O nível ideal de foco que na psicologia chamamos de estado de fluxo só é possível se o profissional criou estratégias para desligar totalmente dos seus objetivos e problemas.
Para isso é preciso muita disciplina para se autoavaliar e perceber quando não estamos trabalhando com 100% do nosso potencial mental. Grandes líderes têm um autoconhecimento profundo de suas capacidades e emoções, sabem identificar os momentos que não estão bem e que estratégias usar para gerir suas emoções. A autogestão emocional faz com que esses profissionais consigam identificar e alterar as suas próprias emoções. Muitas vezes isso não é possível sozinho, então eles têm a humildade de procurar terapias alternativas com o objetivo de sentirem-se melhores ou psicoterapia para compreender melhor o seu funcionamento.
A fato é que para chegar em alto desempenho é preciso cuidar da mente. Vejo muitos profissionais procurando cuidar do corpo, o que ajuda muito a produzir hormônios e neurotransmissões essenciais para o bom funcionamento da nossa mente, mas acabam esquecendo de cuidar do órgão mais importante do corpo, o cérebro.
Ele precisa relaxar. Portanto, busque estratégias que levem você a distrair totalmente do seu trabalho, problemas e dificuldades. Aprenda a tocar um instrumento novo, aprenda uma língua nova, socialize, escute música, faça amizades com pessoas diferentes do seu cotidiano, faça trabalho voluntário. Essa atividades vão deixar você com a mente mais forte e mais saudável para enfrentar as encrencas do dia a dia e te levarão a realizar a sua missão e propósito de vida.
Quando falamos de alto desempenho, o autoconhecimento é um dos elementos essenciais para saber identificar quando a nossa mente entra nesse modo de sobrevivência para a partir daí você criar estratégias para evitar e diminuir o efeito dessas emoções nocivas para o nosso desempenho.
Ronan Mairesse
Consultor e Mentor organizacional
A mais de 10 anos ajudando empresas, líderes, atletas, clubes e seleções na busca da excelência!
Instragram: @ronanmairesse
Email: ronan@ronanmairesse.com.br