Atitudes & Negócios por Ronan Mairesse

Cuidando com a energia ruim

Existe um estado de energia que é um verdadeiro câncer dentro das organizações chamada de complacência. Nós, como líderes, precisamos estar alertas a esse inimigo da produtividade e resultados. Uma equipe complacente é aquela que seja por uma sequência de resultados positivos ou pela falta de feedback, deixa de lado o pensamento crítico, inovador e principalmente estratégico na execução daquilo que foi combinado.  

Muitas vezes a complacência pode se concentrar em uma única pessoa ou setor deixando as pessoas com a ausência de tensão produtiva por acreditarem que são os melhores ou por estarem desmotivados com a falta de orientação e atenção da liderança. 
Para que isso não aconteça, metas devem ser definidas e objetivos pessoais e profissionais devem ser alinhados para que o empenho se torne maior nas atividades diárias. Líderes precisam definir objetivos de crescimento intelectual das pessoas visando novos cargos e oportunidades.

Nós, humanos, somos seres que temos a necessidade de evoluir e quando definimos isso como hábito nunca seremos pegos despreparados ou cochilando quando problemas, mudanças e transformações surgirem. Uma pessoa complacente está totalmente satisfeita com o que construiu e não tem mais ambição nenhuma quando olha para o futuro. Sei que muitos visam uma carreira proteana, aquela que a pessoa se sente totalmente satisfeita com que construiu e não almeja mais nada na vida.

Não existe problema nenhum você ser assim, desde que onde você trabalhe não exija de você crescimento. Jamais um líder pode almejar uma carreira proteana, pois ele passará para a equipe que está bom como está. Inovação é um mandato da liderança, o que significa que a evolução é não somente importante como essencial.

Um vendedor que está satisfeito e não visa mais, além de perder oportunidades, em breve perderá sua fatia de mercado para a concorrência. Penso que a vida é uma competição e o atleta que é você não pode definir uma meta, alcançá-la e não desejar superá-la. Talvez por isso que gosto e trabalho muito com o esporte. Já trabalhei com atletas que definiram ser oitavo lugar nas Olimpíadas, alcançaram esse resultado e comemoraram como se fossem campeões e nada mais justo, pois a meta foi alcançada, mas ao preparar esses atletas para o próximo ciclo olímpico eles desejarem então ser sexto lugar.

O foco nesse processo de evolução em breve levará esses atletas ao pódium. Os atletas são um bom exemplo da ausência de complacência, pois estão sempre buscando a excelência para serem melhores. Quando o líder identifica esse estado de energia deve agir para que as pessoas sintam-se energizadas produtivamente para melhorarem. Reunir a equipe ou falar diretamente com as pessoas e fazer perguntas para estimular a cognição e o pensamento estratégico são essenciais. Quando o diálogo não funciona, o líder deve agir de forma rigorosa, a fim de combater a procrastinação, a inércia e a mediocridade.

As pessoas só dão o melhor delas quando são exigidas. Metaforicamente, o líder não está errado em “bater a mão” na mesa para combater a complacência, desde que após isso ofereça orientação e feedbacks para trabalhar a energia das pessoas.

Ronan Mairesse

Consultor e Mentor organizacional

A mais de 10 anos ajudando empresas, líderes, atletas, clubes e seleções na busca da excelência!

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