É impressionante a quantidade de líderes que me reclamam do comportamento de seus funcionários e da dificuldade de encontrar novas pessoas para a equipe. As novas gerações, em sua grande maioria, as pessoas não têm aquelas competências e habilidades que são necessárias para o mercado de trabalho.

Estamos vendo um crescimento exponencial da tecnologia, e estima-se que quase metade dos tipos de trabalho hoje serão extintos nos próximos anos. Por um lado, uma série de pessoas perderão o emprego, mas por outro, existirão cargos que não existem hoje, ou seja, haverá uma compensação. As pessoas deixarão aqueles empregos onde o trabalho repetitivo, que não necessita de criatividade e etc, para se dedicarem a funções onde o lado humano será muito mais exigido e nesse ponto que penso que haverá uma disputa incrível por profissionais.

No mercado de trabalho futuro, o profissional terá que ter competências e habilidades específicas e são justamente essas que hoje, no presente, se fazem ausentes na maioria das pessoas e fazem líderes de RHs quebrarem a cabeça para preencherem as vagas. Foco, resiliência, determinação, atitude de líder, trabalho em equipe, responsabilidade, comprometimento com o resultado, adaptação rápida a mudança e entre tantas outras já são garimpadas hoje, imagine só no futuro próximo.

Infelizmente, a maior parte do ensino no Brasil forma alunos para trabalhar na era da industrialização e já estamos na era da inteligência artificial. A lacuna é enorme e precisamos hoje ensinar as nossas crianças coisas que já deveriam ser ensinadas na escola e até mesmo nas mais tenras idades.

Não estou fazendo uma crítica aos professores, mas sim aos governos que precisam mudar os protocolos de ensino para formar esses alunos para esse novo cenário mundial. Por outro lado temos também os líderes, que muitas vezes têm essa consciência e investem em treinamentos, mentorias, coaching e até mesmo psicoterapia para seus funcionários. Líderes que têm esse entendimento são justamente aqueles que formam profissionais para o mundo.

Lógico que eles correm o risco de perder uma pessoa para a concorrência ao longo do caminho, mas não é por isso que deixam de investir, pois para esses líderes investir no desenvolvimento profissional é adaptar os seus colaboradores para esse novo mundo, e se algum dia um deles sair da empresa, ela saberá que foi por falha dele em não dar oportunidade de crescimento ou pelo simples fato que essa pessoa quer ser feliz em outro lugar e para ele, líder, estará tudo bem, pois sua missão é maior do que direcionar, acompanhar e dar feedbacks, ele sabe que como líder a sua maior missão é preparar pessoas comuns para realizar coisas extraordinárias a ponto de mudarem as suas próprias vidas e seus destinos.

Ronan Mairesse

Consultor e Mentor organizacional

A mais de 10 anos ajudando empresas, líderes, atletas, clubes e seleções na busca da excelência!

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