Para um bom trabalho dos terapêutas e melhora no quadro dos pacientes que apresentam o Transtorno do Espectro Autista, a avaliação dos marcos do desenvolvimento se faz de fundamental relevância, já que para que o desenvolvimento ocorra é necessário construirmos uma base, desenvolvendo habilidades, partindo das mais simples para as mais complexas.

Então saber quais habilidades a criança já adquiriu, será a base para estruturar o PEI (Plano de Ensino Individualizado) este pode ser utilizado por todos os terapeutas, a fim de estimular cada vez mais estas habilidades.

Neste PEI, deve conter os valores da família, o que para eles é compreendido como uma prioridade, qual a necessidade atual, levando em consideração as dificuldades na escola, em casa e na comunidade. Além disso, o plano deve surgir a partir de expectativas realistas, daquilo que a criança dá conta de fazer naquele momento. Identificar o interesse dos cuidadores, irá gerar engajamento da família. Com isso, é possível reduzir as barreiras de ensino, tais como: falta de tempo, superproteção, e os objetivos não serem uma necessidade atual.

Todo este processo tem como objetivo, que a criança desenvolva habilidades funcionais, ou seja, que ela tenha autonomia, autocuidado, consiga ir para a escola e brinque com outras crianças, dentre outras coisas.

A falta de habilidades funcionais gera: ambiente restrito (ficar trancado dentro de casa; não saber como é outro ambiente); dependência dos cuidadores; acidentes (precisa ser protegido 24h); morte; sequelas de incapacidade; institucionalização prolongada (na falta dos cuidadores, não ter que faça esse papel).

Nos meus atendimentos, procuro trazer essa reflexão para a família, daquilo que fazemos e investimos hoje, que pode reverberar no futuro, para a relação familiar, como também para o desenvolvimento de um ser humano de forma geral.

Eu sou a Marina, sou psicóloga e espero ter contribuído na sua vida!

Até a próxima terça-feira, aqui no Clic Paverama!

Formada em psicologia em 2019 Marina realizou especializações em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, Educação Especial e Avaliação Psicológica e atualmente se dedica aos estudos da Neuropsicologia e ABA aplicada para o Transtorno do Espectro Autista e Deficiência Intelectual. Tem experiência também no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e  com atendimentos clínicos para diversos públicos, em especial para Transtornos do Neurodesenvolvimento.

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