Em assembleia, Languiru confirma venda da sede administrativa para Sicredi Ouro Branco

Informação foi confirmada em meio a assembleia da Cooperativa Languiru, no último sábado.

17/03/2025

Por @ClicdoVale | contato@clicpaverama.com.br
Em Notícias Gerais

No último sábado, dia  15, a Cooperativa Languiru realizou a sua assembleia extraordinária na Associação dos Funcionários da Languiru, onde foram apresentados importantes avanços e decisões estratégicas.

Um dos principais destaques foi a venda da sede administrativa da cooperativa à Sicredi Ouro Branco RS/MG, pelo valor de R$ 5,5 milhões. Essa transação permitirá que R$ 3 milhões sejam destinados ao pagamento de dívidas acumuladas junto ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), referentes a um crédito obtido em 2019.

Durante a assembleia, o presidente liquidante Paulo Birck enfatizou que a decisão de vender a sede foi motivada pela ociosidade do prédio e pelos altos custos de manutenção. "Com a venda, conseguiremos liquidar também 134 cotas partes de 500 associados que emprestaram seus CPFs para essa operação", revelou Birck.

O critério para a escolha dos beneficiários prioritários incluiu a idade e a condição de associados ativos, garantindo que aqueles com mais de 47 anos fossem os primeiros a receber a devolução.

Outro ponto discutido foi a negociação da Unidade Produtora de Leitões (UPL) de Linha Germano, que visa quitar dívidas de 90 a 100 pessoas, incluindo alguns não mais associados. O superintendente administrativo, financeiro e comercial, Gustavo Marques, destacou a continuidade dos esforços para liberar as cotas-partes de todos os associados.

Os números apresentados na assembleia refletem um cenário financeiro desafiador, mas com sinais de recuperação. O passivo referente aos exercícios de 2022 e 2023 totaliza R$ 670 milhões, mas a cooperativa anunciou um resultado positivo superior a R$ 15 milhões para 2024, o que foi considerado "extraordinário" pelo auditor José Roberto Simas, da Dickel e Maffi.

Birck apontou o frigorífico de suínos de Poço das Antas como o maior desafio para a cooperativa em 2025. O abatedouro, atualmente parado, resultou em prejuízos superiores a R$ 15 milhões em 2024, devido aos custos de depreciação e manutenção. Ele ressaltou a importância do apoio de instituições financeiras, como Fundopem e Badesul, para reativar a planta e gerar empregos, beneficiando a economia local.

A redução do endividamento da cooperativa foi significativa, com uma diminuição de mais de R$ 110,5 milhões, sendo R$ 67,5 milhões relacionados a contas a pagar de associados e fornecedores. "Em um ano, já reduzimos mais de R$ 110 milhões, e esse processo será contínuo", afirmou Birck, projetando um futuro promissor para a cooperativa.

Além das deliberações financeiras, a assembleia também aprovou dois novos suplentes para o conselho fiscal: Anderson Luiz Formentini e Silvani Schaeffer Thies. O evento proporcionou um espaço para que os associados levantassem questionamentos, e a imprensa foi recebida para uma coletiva de imprensa na sede administrativa, consolidando a transparência e a comunicação da Cooperativa Languiru em um momento de transformação e reestruturação.

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Fonte: Informativo Regional