As mulheres vêm quebrando paradigmas em todos os setores da sociedade. Cada vez mais preparadas, elas estão assumindo posições de liderança que antes eram exclusivas dos homens e seguem fazendo a diferença na economia do país.

No agronegócio essa realidade não é diferente. Segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), as mulheres que atuam no agro são responsáveis pela gestão de, no mínimo, 30% do segmento — muito acima do registrado na indústria (22%) e na área de tecnologia (20%). Atualmente, quase 1 milhão de mulheres dirigem propriedades rurais no país.

Se considerarmos que a agropecuária representa 25% do Produto Interno Bruto (PIB), as mulheres desse setor são responsáveis pela gestão de pelo menos 8% do PIB nacional, algo em torno de US$ 165 bilhões.

Da porteira pra dentro elas estão conciliando conhecimento técnico e sensibilidade para obter resultados melhores em produtividade, lucratividade e sustentabilidade.

No entanto, os desafios na construção de espaços igualitários no mercado de trabalho são grandes e, muitas vezes, além de preparo também é necessário ter determinação para superar as dificuldades e conquistar a admiração da equipe e do mercado.

Os resultados obtidos até o momento não deixam dúvidas quanto a competência e importância das mulheres no desenvolvimento social e econômico do nosso país.

Novamente as projeções indicam que o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Brasil deve chegar a R$ 1,057 trilhão em 2021, número 12,4% maior do que o ano anterior, quando o setor faturou R$ 940,9 bilhões.

Esse novo recorde para a série histórica iniciada em 1989, conforme estimativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), demonstra que essa parceria entre homens e mulheres será fundamental para tornar o setor cada vez mais forte e competitivo.

A jornalista Gilkiane Cargnelutti escreve semanalmente para o Clic Paverama abordando o agronegócio.