Município de Teutônia recebe 800 novas empresas e 3 mil moradores no pós-cheia

Com localização estratégica e infraestrutura sólida, município se transforma em polo de atração no cenário pós-cheia.

28/07/2025

Por @ClicdoVale | contato@clicdovale.com.br
Em Notícias Gerais

Com a recuperação do Vale do Taquari após dois anos consecutivos de cheias devastadoras, em 2023 e 2024, Teutônia se consolida como um novo polo de desenvolvimento regional. Situada em uma área mais alta e menos suscetível a enchentes, a cidade registrou um crescimento expressivo no último ano, tanto em população quanto em número de empresas.

Entre maio de 2024 e maio de 2025, o município recebeu entre 2,5 mil e 3 mil novos moradores, o que representa até 9% de aumento populacional em relação ao Censo de 2022, que apontava 32.797 habitantes. No mesmo período, foram abertas ou instaladas 800 novas empresas — crescimento de 27,5%, elevando o total de CNPJs ativos para 3,7 mil.

Segundo o prefeito Renato Altmann, a migração de empresas e famílias tem relação direta com a localização geográfica do município, que teve menos de 4% do território atingido pela enchente de 2024, afetando apenas 2% da população e dos empreendimentos locais.

“Geograficamente, Teutônia se mostrou uma alternativa segura e estratégica. Estamos a 100 quilômetros de Porto Alegre, Caxias do Sul e Santa Cruz do Sul. Além disso, temos energia de qualidade com a Certel, o que atraiu diversos investidores”, afirma Altmann.

Indústria e geração de empregos:

O avanço empresarial é notório. Entre os novos empreendimentos, destacam-se a expansão da Denteck Climatização, a chegada do centro de distribuição de hortifrutis do Grupo Passarela e a nova loja da Cooperativa Santa Clara. Juntos, esses investimentos já somam cerca de 130 novas vagas de emprego.

Outro movimento importante é da multinacional Atlas, fabricante alemã de calçados de segurança. A empresa investiu R$ 6,3 milhões para adquirir a antiga estrutura da Paquetá e planeja iniciar a produção local em agosto. Pela primeira vez, todos os calçados da marca serão fabricados inteiramente no Rio Grande do Sul.

“A indústria hoje representa 48% da nossa arrecadação. E o setor primário responde por outros 35%. Estamos em negociação até com o setor metalmecânico”, acrescenta o prefeito.

Urbanismo, habitação e futuro:

Com o crescimento populacional, a construção civil também se aqueceu. Há cinco novos loteamentos em fase de licenciamento e o município já encaminhou projeto ao governo federal para construção de 50 moradias populares pelo Minha Casa, Minha Vida.

A administração também atua para reduzir o déficit de vagas em creches, que caiu de 500 para 200 em menos de dois anos, além de investir até R$ 15 milhões em pavimentação de vias no interior em 2025.

Pensando no futuro, a cidade planeja a expansão urbana para o lado oeste da RS-128 (Via Láctea), com a construção de uma nova avenida de ligação. Outro objetivo é, junto a municípios vizinhos, viabilizar a implantação de uma UTI no Hospital Ouro Branco, que atenderia cerca de 65 mil habitantes da região.

“Queremos crescer com responsabilidade, priorizando projetos que garantam qualidade de vida e tenham compromissos sociais e ambientais. Um novo Plano Diretor está sendo elaborado para acompanhar essa transformação”, finaliza Altmann.

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Fonte: Jornal do Comércio