Setor calçadista é o mais afetado no RS por tarifaço dos EUA
Ramo encerrou 959 vagas formais no bimestre. Indústria da madeira aparece em segundo lugar.
03/11/2025
Por @ClicdoVale | contato@clicdovale.com.br
Em Notícias Gerais

O setor de couro e calçados do Rio Grande do Sul liderou o fechamento de vagas na indústria gaúcha durante os meses de agosto e setembro, período que coincide com a vigência do tarifaço imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.
Conforme dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), foram encerrados 959 postos de trabalho formais no bimestre.
Somente a fabricação de calçados e partes respondeu por 901 dessas vagas, o que posiciona o setor como o mais afetado no mercado de trabalho industrial do Estado neste período.
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), o resultado acompanha a queda nas exportações para os principais destinos do setor. Em setembro, as vendas externas recuaram 24% para os Estados Unidos e 25% para a Argentina.
A indústria de produtos de madeira aparece em seguida, com 448 vagas encerradas no mesmo período. O número está alinhado às projeções do Sindimadeira RS, que já apontava impactos iniciais das mudanças tarifárias norte-americanas.

Os dois segmentos estão entre os que detêm maior dependência do mercado externo e grande peso na estrutura produtiva do Rio Grande do Sul, o que intensifica o efeito das oscilações no comércio exterior sobre a geração de emprego.
Segundo avaliação da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), os resultados demonstram efeitos iniciais das alterações tarifárias sobre a indústria local. A entidade informa que o setor mantém monitoramento constante do cenário, enquanto seguem as tratativas diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos.
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