Anvisa: não há registros que relacionem paracetamol a autismo

Declaração foi emitida após repercussão de fala do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

25/09/2025

Por @ClicdoVale | contato@clicdovale.com.br
Em Saúde e Bem-estar

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta quarta-feira, dia 24, que não existem registros no Brasil que relacionem o uso de paracetamol durante a gravidez ao diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). A manifestação ocorreu após o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, citar suposta ligação entre o medicamento e o autismo.

A declaração repercutiu no Brasil, especialmente entre mães de crianças com TEA, que relataram preocupação nas redes sociais e em grupos de maternidade. Para tranquilizar a população, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou que não há comprovação científica sobre o assunto. Ele destacou que a Organização Mundial da Saúde (OMS), a própria Anvisa e outras agências internacionais de saúde consideram o paracetamol um medicamento seguro.

Repercussão internacional:

Após a fala de Trump, a OMS divulgou nota afirmando que “atualmente não há evidências científicas conclusivas que confirmem a ligação entre o uso de paracetamol na gravidez e o autismo”. A entidade ressaltou que nenhuma das pesquisas realizadas até o momento encontrou associação consistente.

Na mesma linha, a Agência de Medicamentos da União Europeia declarou que não existem novas evidências que justifiquem mudanças nas recomendações atuais de uso do paracetamol.

Já a Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador dos Estados Unidos, informou ter iniciado processo para atualizar a bula do medicamento no país e emitiu alerta aos médicos norte-americanos.

Situação no Brasil:

De acordo com a Anvisa, o paracetamol é classificado como medicamento de baixo risco no Brasil e integra a lista de produtos que não exigem prescrição médica. A agência destacou que a liberação de medicamentos no país segue “critérios técnicos e científicos rigorosos” para garantir qualidade, segurança e eficácia, e que mesmo os remédios de uso comum passam por monitoramento contínuo.

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