Pelo menos cinco casos de picada de jararaca foram registradas no Vale do Taquari nos últimos sete dias, conforme anúncio da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS). Os incidentes aumentaram com a chegada do verão, e a consequente elevação da temperatura. Falta soro antiofídico para tratar os feridos na região.

Os agricultores e os turistas são os mais atingidos pelas cobras, de acordo com a coordenadora regional de Vigilância Epidemiológica, Erika Ribeiro. A enfermeira conta que “os produtores geralmente não utilizam materiais de proteção, como luvas e botas”. Também aumenta o número de pessoas que procuram áreas verdes para fugir do calor. 

O soro é o único tratamento contra a picada. No entanto, a falta de antídotos atinge todo o país. O Ministério da Saúde encaminhou um alerta às coordenadorias, em novembro de 2016, onde relata greves, furto de animais, problemas no abastecimento de metérias-primas e dificuldades de reprodução. 

Por conta da escassez, os soros estão concentrados no Hospital Bruno Born (HBB) de Lajeado. O paciente que sofrer um acidente deve procurar a casa de saúde. Cabe ao Centro de Informações Toxicológicas (CIT) determinar o volume de materiais disponíveis e onde encontrá-los. Desde dezembro do ano passado, 70 ampolas foram utilizadas na região. Em média são aplicadas 12 ampolas em cada ocorrêcia. 

Sintomas 

Após ser picado por uma jararaca, o paciente sentirá dores fortes e o local ficará inchado. Poderá sentir choques de temperatura (frio e calor), constatar bolhas no local e sofrer hemorragias.