Como o agronegócio do RS se prepara para ganhar terreno na inovação
Referência na produção agropecuária brasileira, Estado adota iniciativas para conduzir o setor à liderança na implementação de tecnologias disruptivas.
13/09/2019
Por Clic Paverama | contato@clicpaverama.com.br | Clic do Vale
Em Agricultura e Meio Ambiente
Não é apenas na produção agrícola que o Rio Grande do Sul tem lugar de destaque no cenário nacional. O Estado vem adubando o ambiente para se tornar um terreno fértil para a inovação. A ferramenta que ganhou notoriedade por meio de startups surgidas no Vale do Silício, nos Estados Unidos, tornou-se necessária para a nova economia. E isso inclui o universo do agronegócio.
Produzir mais e melhor, com a gestão adequada de recursos, passou a ser questão de sobrevivência. E motivou pessoas inovadoras a buscarem soluções para serem aplicadas no campo.
O uso inteligente das ferramentas tecnológicas não é luxo. É essencial para o produtor que quer fazer seu negócio prosperar. Não por acaso, grupo de dirigentes e executivos de cooperativas agropecuárias do RS esteve ao longo da semana em missão ao Vale do Silício. O roteiro incluía, além das startups do agronegócio (as agtechs, como são chamadas), as de outros ramos. Caso da Netflix e da Amazon. O objetivo, como explicou Carlos Oliveira, professor da Faculdade de Tecnologia do Cooperativismo e coordenador da missão, era ver de perto a cultura da inovação.
O Estado busca ainda aproximação com outra referência mundial no tema: Israel. As duas partes devem fechar neste ano termo de cooperação. Vão estreitar relações para fazer trocas capazes de impulsionar a transformação de boas ideias em negócios.
— O RS tem capital intelectual, tem 12% da produção científica nacional. Como conseguimos transformar isso em negócio, em geração de riqueza? Essa foi a chave, a mudança que fizeram lá (em Israel). Abriram as portas das universidades para que constituam negócios de interesse do governo, do mercado, da população — pontuou o secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia, Luís Lamb, ao comentar sobre a parceria a ser firmada entre as duas partes em evento com a presença do embaixador de Israel, Yossi Shelley.
Vale lembrar ainda que a primeira agtech cotada para alcançar a condição de unicórnio — com valor de mercado na casa do bilhão — no Brasil é a gaúcha Aegro.
Gaucha ZH
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