Criminosos usam o nome da Justiça do Trabalho para aplicar golpes; saiba como se proteger

Golpistas se passam por advogados e usam dados reais de processos para enganar trabalhadores.

29/10/2025

Por @ClicdoVale | contato@clicdovale.com.br
Em Notícias Gerais

O avanço das tecnologias digitais e o acesso remoto aos sistemas judiciais também têm ampliado tentativas de fraude envolvendo o nome da Justiça do Trabalho.

Estelionatários se aproveitam de dados reais de processos e da boa-fé de partes e advogados para dar aparência de legitimidade a comunicações falsas enviadas por e-mail, WhatsApp ou redes sociais.

Um dos métodos mais utilizados por quadrilhas é a obtenção ilegal de logins e senhas de advogados para acessar o PJe (Processo Judicial Eletrônico). De posse dessas credenciais, os criminosos consultam processos e entram em contato com trabalhadores, simulando representação jurídica. O prejuízo estimado, segundo a OAB, ultrapassa R$ 2,8 bilhões em três anos.

Para conter o avanço dos golpes, o Conselho Nacional de Justiça determinou novas medidas de segurança nos sistemas processuais do país. No TRT-4 (Rio Grande do Sul), a autenticação em duplo fator – que exige confirmação adicional via aplicativo – passa a ser obrigatória para todos os usuários externos, como advogados e peritos, a partir de 3 de novembro.

Segundo o tribunal, o PJe possui trilhas de auditoria capazes de identificar quem acessou cada processo e em qual momento. A adoção do duplo fator de autenticação reduz o risco de uso indevido das credenciais.

O TRT-4 reforça que não realiza cobranças diretamente a partes e alerta para a necessidade de sempre confirmar pedidos de pagamento com o advogado responsável.

Principais golpes identificados:

• Falso link de audiência ou intimação:
Criminosos enviam e-mails que simulam notificações oficiais e induzem o usuário a clicar em links que instalam programas maliciosos.

• Decisões judiciais falsificadas:
Golpistas usam dados reais de processos para enviar documentos adulterados prometendo valores a receber. Depois, pedem depósitos e desaparecem.

• Acordo falso:
Mensagens de WhatsApp com foto do advogado e suposta sentença homologando acordo. O criminoso pede pagamento para liberar quantia inexistente.

• Guia judicial falsa:
Envio de documentos com aparência oficial solicitando depósitos sob justificativas falsas.

• Falsa intimação para pagamento:
E-mails com timbres e assinaturas falsos cobrando valores. Comunicados legítimos usam extensão @trt4.jus.br e arquivos PDF assinados eletronicamente.

• Golpe do precatório
Estelionatários pedem taxas antecipadas alegando necessidade de declaração para liberação de valores.

Como se proteger:

  • Desconfie de pedidos de pagamento feitos em nome do tribunal.
  • Oficiais de Justiça enviam comunicações por e-mail ou WhatsApp sempre com identificação institucional verificável.
  • Confirme qualquer solicitação diretamente com seu advogado ou com a unidade judiciária.
  • Não clique em links desconhecidos.
  • Confira a autenticidade de arquivos PDF por meio do QRCode da assinatura eletrônica.

Onde denunciar:

  • Corregedoria do TRT-4: corregedoria@trt4.jus.br
  • Polícia Civil: registro de ocorrência presencial ou pela delegacia online
  • Advogado da parte: para checagem imediata de informações

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