O Hospital Bruno Born de Lajeado aguarda o pagamento de R$ R$ 2.052.674,21 que está em atraso. A verba representa R$ 855.431,94 do Governo do Estado e R$ 1.197.242,27 do Convênio IPE -  Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul.

O valor do governo está atrasado desde agosto e do IPE em 26 dias de pagamento. De acordo com o gerente financeiro contábil da casa de saúde, Alexsander Kramer Guimarães, os procedimentos realizados com a verba estadual incluem cirurgia geral, neurológica, oncológica, cardiologia, traumatologia, transplante de órgãos,  atendimento na emergência, diárias de UTI adulto, pediátrica e neonatal, atendimento de gestante de alto risco, internações hospitalares, exames de imagens e exames laboratoriais.

“Para evitar a suspensão dos serviços, o hospital esta buscando empréstimos bancários para pagamento de fornecedores, para pagamento de funcionários e do 13º salário”, explica.

Para este ano, a casa de saúde ainda aguarda a verba em atraso. E em 2019, a expectativa é que o governo cumpra com os pagamentos em dia para que a casa de saúde não precise atrasar fornecedores, salários de funcionários e pagamentos médicos. “Senão teremos um ano bem difícil pela frente, pois já estamos no limite do nosso endividamento.”

Conforme Guimarães, as despesas mensais do Hospital Bruno Born incluem gastos com folha de pagamento, medicamento e materiais hospitalares, nutrição,  materiais de copa e cozinha, material de expedientes, manutenções de equipamentos, energia, água, demais despesas operacionais e financeiras. O valor aproximado da despesa mensal não foi divulgado.

Situação dos demais hospitais:

Além do HBB, a rede de 269 santas casas, hospitais beneficentes, religiosos e filantrópicos do estado e que assistem a maior parcela dos beneficiários do IPE Saúde, também sofrem com o atraso. Eles representam 70% do Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com a assessoria de imprensa do HBB, por parte do Governo do Estado, são R$ 155 milhões a receber, relativos a Programas dos meses de agosto e setembro (R$ 140 milhões) e parte da Produção de Média e Alta Complexidade do mês de setembro que não foi repassada na integralidade aos hospitais (15 milhões).

O IPE-Saúde totaliza uma dívida com os hospitais filantrópicos de aproximadamente R$ 75 milhões. A Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos espera uma rápida e eficaz ação do Governo do Estado e do IPE-Saúde.