Dos 12 candidatos à Presidência, dez têm vices do mesmo partido
Na corrida presidencial, apenas Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Simone Tebet (MDB) têm postulantes a vice de outros partidos.
15/08/2022
Por @ClicPaverama | contato@clicpaverama.com.br
Em Política
Os candidatos à Presidência da República nas eleições deste ano são Jair Bolsonaro (PL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Leonardo Péricles (Unidade Popular), Pablo Marçal (PROS), Vera Lúcia (PSTU), Luiz D’Ávila (Novo), Sofia Manzano (PCB), Eymael (Democracia Cristã), Roberto Jefferson (PTB) e Soraya Thronicke (União Brasil).
Bolsonaro terá como companheiro de chapa o general Walter Braga Netto (PL); Lula disputará ao lado do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB); Ciro escolheu a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos (PDT); Simone Tebet terá a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) no posto; e Samara Martins (UP) será a vice de Leonardo Péricles.
Vera Lúcia tem a companheira de partido Raquel Tremembé (PSTU) em sua chapa; Tiago Mitraud (Novo) é o vice de Felipe D'Ávila; Antônio Alves (PCB) faz par com Sofia Manzano; Marcos Cintra (União Brasil) concorre na chapa com Soraya Thronicke; Eymael terá João Barbosa Bravo (DC) no posto; Jefferson escolheu Kelmon Souza (PTB) para a vaga e Fátima Peróla (PROS) será a vice de Pablo Marçal, caso ele tenha a candidatura confirmada.
Nos bastidores, os partidos articulam o apoio das demais legendas e avançam sobre palanques de outras candidaturas. Até o momento, o PT é o que reúne o maior bloco.
A reportagem não utilizou os partidos dos próprios candidatos na conta. Lula tem o apoio do PSB, PSOL, PV, PCdoB, Rede, Avante e Solidariedade. Juntas, as legendas elegeram, em 2018, 130 deputados federais, 12 senadores e 8 governadores. Dessa forma, o petista terá a maior exposição midiática entre os candidatos ao Palácio do Planalto.
Na sequência, vem Tebet, que conta com o apoio de PSDB, Cidadania e Podemos. Bolsonaro, por sua vez, aparece em terceiro lugar na lista, com aliança selada com o PP e o Republicanos. Os demais candidatos têm apenas o apoio da própria legenda.
A aliança com outros partidos é importante porque significa maior tempo de propaganda no rádio e na televisão, além de maior fatia do fundo eleitoral para ser usada na campanha. O critério para a distribuição usado pela legislação é a eleição da bancada na Câmara dos Deputados.
O prazo para as convenções partidárias, eventos em que os partidos escolhem seus candidatos, terminou na última sexta-feira (5). As legendas terão até o dia 15 de agosto para registrar as chapas junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O prazo para a apresentação das coligações entre os partidos também termina em 15 de agosto — as legendas podem alterar os acordos até a data.
Votação e recorde de eleitores:
O primeiro turno das eleições vai ocorrer em 2 de outubro e o eventual segundo turno no dia 30 do mesmo mês. A votação começará às 8h e terminará às 17h.
A hora de início da votação terá como referência o horário de Brasília em todos os estados e no Distrito Federal. Eleitores do Amazonas, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Roraima, Mato Grosso e Pará terão a votação iniciada uma hora antes, devido à diferença de fuso horário. Já no Acre, a votação começará duas horas mais cedo e, em Fernando de Noronha, uma hora mais tarde.
Os políticos eleitos serão diplomados pela Justiça Eleitoral até 19 de dezembro. Para os cargos de presidente, vice-presidente e governador, a posse ocorrerá em 1º de janeiro de 2023. Parlamentares assumem os mandatos em 1º de fevereiro.
Nas eleições deste ano, o Brasil terá uma quantidade recorde de aptos a votar. Segundo informações do TSE, 156.454.011 brasileiros poderão comparecer às urnas. Em comparação com o último pleito geral, em 2018, o país ganhou quase 10 milhões de eleitores. Naquele ano, 147.306.275 pessoas puderam votar, uma diferença de 6,2% em relação ao número de 2022.
Correio do Povo
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