Em seis meses, as estradas gaúchas mataram 524 pessoas, tendo a rodovia que mais deixou mortos, a BR-116. O número alarmante de vidas ceifadas, é predominado pela imprudência dos motoristas. O especialista em mobilidade urbana Dr. João Fortini Albano ressalta outros fatores. “Predomina o fator humano comportamental e dentro desse a imprudência, o excesso de velocidade, a ultrapassagem indevida. E depois, o fator que aponta para problemas nos veículos. E o terceiro são os fatores ligados à via de circulação dos veículos e ao meio ambiente”. 

São quase três pessoas que morreram por dia, em um semestre. Para o especialista, se a fiscalização fosse mais rígida, vidas poderiam ser salvas. “A fiscalização tem que agir de acordo com a legislação existente. O que a gente pode fazer e deve ser feito é arroxar a fiscalização, que muitas vezes é objeto de grandes reclamações, dizendo que estamos implantando a indústria da multa”, afirma João Albano, que complementa: “Mas eu acredito que as pessoas que tiveram parentes falecidos em acidentes de trânsito estariam pleiteando a implantação de mais pardais, o que certamente iria diminuir o número de mortos nas nossas rodovias”.

O Brasil é considerado o quarto país da América do Sul com mais mata no trânsito, segundo estudo da Organização Mundial de Saúde, divulgado no ano passado.  São 23 mortes para cada 100 mil habitantes. Até 2030, a OMS estima que o número de mortes nas estradas do mundo inteiro, possa a chegar a UM milhão por ano.