Inter perde para o Atlético-MG no Beira-Rio e está eliminado da Primeira Liga
Único gol da partida foi marcado por Clayton.
31/08/2017
Por Clic Paverama
Em Esportes
O Inter fez da Primeira Liga um laboratório de observação. E pagou por isso. Com reservas, perdeu para o Atlético-MG por 1 a 0 no Beira-Rio e está fora das semifinais da competição. Agora, volta-se totalmente para a Série B e a volta à Primeira Divisão, o que na verdade importam neste ano.
O frio de 13ºC, o esvaziamento da Primeira Liga pelos próprios clubes que a criaram e o estádio vazio deram ao jogo um ar de amistoso. Para Guto Ferreira, pelo menos, foi válido para observar jogadores. Pela sequência de quatro partidas seguidas com o mesmo time na Série B, os reservas viraram espectadores de luxo sentados no banco de reservas. Pois a Primeira Liga veio para tirá-los da poltrona.
As atenções estavam todas do meio para a frente. Os volantes Alex Santana e Charles, esse porque será titular contra o Juventude, pela suspensão de Dourado, o meia Camilo, Nico López, como extrema, e Joanderson ganharam rodagem e a chance de mostrar serviço.
No Atlético-MG, Rogério Micale mandou a campo um quarteto ofensivo que, no nome, seria titular em qualquer time do Brasil: Clayton, Robinho, Valdívia e Fred. Todos reservas por motivos variados em Belo Horizonte, No caso de Fred e Robinho, fica claro a desconexão deles com o coletivo.
Isso parece ter impregnado o time nos primeiros 30 minutos. Só Valdívia se mostrava mais interessado. Queria mostrar trabalho e responder às vaias da torcida, ouvidas cada vez que tocava na bola. No Inter, o grande nome do primeiro tempo era Nico. Interessado, marcava Leonam, roubava-lhe a bola e saía sempre agudo em direção ao gol. Foram dele as principais jogadas de ataque do Inter. Aos 21, lançou Carlos, desarmado por Bremer na área. Aos 27, ele apanhou rebote de Bremer , mas foi bloqueado. Aos 29, ele acionou Carlos outra vez, mas esse passou da bola e depois ficou-a procurando, atabalhoado.
Além de Nico, Charles era outro que mostrava serviço. Marcava firme, saía para frente e até aparecia para chutar. Camilo começou bem, mas foi sumindo aos poucos no jogo. O Inter comandou as ações até que Fred e Robinho saíssem do estado de letargia. Quando começaram a jogar, criaram perigo e o gol. Aos 39, Fred enveredou para a direita. A bola sobrou para Clayton, que chutou forte e venceu Lomba. Antes, Robinho havia deixado Fred livre, mas ele parou no goleiro.
O Inter voltou do intervalo com um titular. Guto colocou Edenílson no lugar de Alex Santana, que não fez o que a função exige, ou seja, marcar, armar e infiltrar na frente. Ficou no meio do caminho e, em seguida, no vestiário. Foi de Edenílson o primeiro lance do segundo tempo. Ele lançou Carlos na área, mas o atacante foi atropelado pelo goleiro Giovanni. O árbitro considerou choque normal e mandou seguir.
Aos 10, Charles lançou Carlos, Livre, ele saiu para o lado errado e chutou fraco. Um horror. Dois minutos depois, saiu vaiado. Sasha entrou. Ovacionado. Valdívia, logo a seguir, saiu. Vaiado. O Inter avançou e deixou espaços. Fred, aos 20, perdeu sem goleiro um gol de pelada criado por Robinho. A resposta veio no lance seguinte: Sasha cabeceou para fora.
Como era de se esperar, o Inter avançou e pressionou. Guto trocou Joanderson por Roberson, O Inter ficou mais robusto na frente e ameaçou. Aos 31, depois de escanteio, Nico chutou de primeira, mas Gabriel salvou sobre a linha. Aos 36, Camilo voltou a sentir a panturrilha. Se posicionou na meia-lua e, com uma perna só, deixou Roberson livre na área. Mas o arremate parou no goleiro.
O Inter ainda perderia três chances em sequência, com Sasha, Nico e Roberson parando em Giovanni e acertaria o poste, em chute de Nico. Não deu. E, assim, a Primeira Liga saiu do calendário do Inter. Se é que algum dia entrou.
Rádio Gaúcha
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