Mais dois suspeitos de tentar matar promotor de Justiça em Teutônia são presos no Rio Grande do Sul
O grupo pretendia obter vantagem econômica com a exploração do tráfico de drogas e de armas.
05/10/2023
Por @ClicPaverama | contato@clicpaverama.com.br | Clic do Vale
Em Polícia e Trânsito
Outros dois suspeitos de tentar matar o promotor de Justiça Jair João Franz, em Teutônia, no Vale do Taquari foram presos nessa quarta-feira, dia 4. Os investigados – os únicos que ainda estavam foragidos – foram localizados em seus locais de trabalho nas cidades de Teutônia e Estrela.
O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), promotor André Dal Molin, destaca que, logo após a decretação da prisão preventiva deles, os agentes tiveram êxito no cumprimento dos mandados judiciais. O investigado que foi preso em Estrela forneceu celular e moto para o autor dos tiros. Já o suspeito preso em Teutônia deu guarida ao atirador logo após os disparos, no dia 17 de agosto deste ano.
Os presos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia para posterior recolhimento ao sistema prisional.
Eles e os outros quatro investigados – sendo três presos pelo Gaeco em 24 de agosto e um quarto no dia 29 do mesmo mês – foram denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em 28 de setembro. Além da dupla localizada nessa quarta-feira, os outros são: o executor do atentado, um chefe de facção que comandou o ataque de dentro da prisão, a advogada do apenado e um quarto envolvido que auxiliou no monitoramento da vítima.
Denúncia:
Os seis foram responsabilizados pelo crime de tentativa de homicídio quatro vezes qualificado. As quatro qualificadoras são: motivo torpe (a vingança pelo trabalho realizado pelo promotor, que já havia processado alguns dos denunciados); emboscada; recurso que dificultou a defesa da vítima (em razão da surpresa pelos vários disparos); e o emprego de arma de uso restrito, uma pistola 9 milímetros.
Os suspeitos também foram denunciados pelo crime de organização criminosa. Caso condenados, a pena de cada um deles pode variar entre 12 e 30 anos de prisão.
Motivação:
O grupo, que pretendia obter vantagem econômica com a exploração do tráfico de drogas e de armas, utilizava-se de intimidação por meio de outros delitos para obtenção de domínio territorial em Teutônia. Conforme a denúncia, o atirador, executando as ordens dos mandantes, em conluio com os demais denunciados, “pondo em prática o plano homicida, previamente ajustado, ficou à espreita da vítima Jair João Franz, Promotor de Justiça da Comarca de Teutônia, em um matagal existente em frente à residência, e, logo que identificou sua chegada, efetuou aproximadamente 15 disparos de arma de fogo em direção ao ofendido enquanto este ingressava na garagem de casa”.