#GenteDaqui: Marcinho Staggemeier, e a arte de viver de música

Com influências de Pop, Rock, Jazz e MPB, tem em sua carreira passagem por bandas e duplas dos mais variados estilos. A reportagem do Clic Paverama, o Clic do Vale! fez sete perguntas para o paveramense, que contou um pouco da sua história.

25/10/2018

Por Clic Paverama | contato@clicpaverama.com.br | Clic do Vale
Em Paverama

O Gente Daqui de hoje traz como destaque o músico paveramense Márcio Staggemeier, de 39 anos. Marcinho, como é conhecido, tem mais de três décadas dedicada a música sendo um musicista conceituado no cenário gaúcho. Filho de pai músico, tem correndo nas veias a paixão por instrumentos musicais. Culto, procurando sempre aprender, hoje também se dedica a ensinar, trabalhando como professor de música.

Talvez para você leitor/seguidor do Clic Paverama este nome não seja estranho, Marcinho foi um dos primeiros colaboradores do portal, tendo seus artigos publicados no Espaço Colunista: Leia as colunas de Marcinho Staggemeier

Com influências de Pop, Rock, Jazz e MPB, tem em sua carreira passagem por bandas e duplas dos mais variados estilos. A reportagem do Clic Paverama, o Clic do Vale! fez sete perguntas para o paveramense, que contou um pouco da sua história. Confira abaixo a entrevista com Márcinho Staggemeier:

Quem é Márcio Staggemeier por ele mesmo?

Primeiro, eu sou o Marcinho (risos). Fora minha família, se alguém me chama de Márcio eu até estranho. Eu sou um apaixonado pela música, ela é parte de mim, meus instrumentos são a extensão da minha alma. Sou disciplinado desde sempre, levo muito a sério minha arte. Gosto de desafios musicais que me tirem do lugar comum. Gosto de ouvir, isso é bem importante tanto pra música quanto pra vida em sociedade.

Quando iniciou na música? E descobriu que, mais que gosto, tinha um dom?

Tudo aconteceu de modo muito natural. Meu pai era músico, então sempre havia algum instrumento jogado no sofá e foi isso que possibilitou que eu começasse a brincar com uma guitarra certo dia, mesmo sem auxílio algum, mesmo sem conhecer notas, mas já acompanhando uma música que tocava no rádio. Sou autodidata, portanto, aprendi sozinho. Eu tinha por volta de 6 anos de idade, mas me contam que aos 4 eu já me ligava em música, em ritmo, o que me leva a perceber que praticamente nasci músico.

Quais suas referências?

São inúmeras. Sou um pesquisador de música, irrequieto, portanto sempre estou absorvendo novas referências, mesmo que nem sejam dos meus instrumentos. Eu cresci ouvindo rock e pop, mas com os estudos de música, passei a consumir jazz e MPB. Hoje me considero um músico pop, pois é preciso ser muito versátil para se encaixar nesse segmento. Referências? Arthur Maia, Jaco Pastorius, Geddy Lee, Guy Pratt, Nico Assumpção, Kyle Eastwood... e mais uma lista interminável.

Por quais bandas já passou?

Eu comecei profissionalmente tocando baile, com 15 anos. Um período em que era requisito ser versátil, saber cantar, tocar estilos variados, como samba, reggae, bolero, música latina, alemã, sertaneja, gaúcha. Toquei em cerca de 10 bandas de baile, depois passei a fazer trabalhos como free lancer, acabei tocando 3 anos no meio sertanejo, com shows em casas renomadas, trabalhei recentemente com uma dupla nativista que me abriu um leque de novas influências e é um dos trabalhos que mais gostei de fazer, atualmente sou baixista da banda Cabelo Cacheado, que acompanha a cantora Laura Dalmás (ex participante do The Voice). Paralelo a isso, sempre fui músico de estúdio, gravando e participando dos álbuns de diversos artistas ao longo dos anos, a ponto de perder a conta.

Quais os desafios de um músico diariamente?

São inúmeros os desafios. Você tem que trabalhar muito para ter reconhecimento e conseguir viver de arte. É preciso ser abnegado, sobretudo, tem de ser muito dedicado, levar a sério, estudar muito, cumprir horários, saber se encaixar no trabalho coletivo, saber lidar com pessoas. Mas apesar de toda instabilidade que pode haver no meio musical, é um trabalho que recompensa com coisas indescritíveis. Ser artista é lidar com recompensas inexplicáveis.

Quais instrumentos você toca?

Toco contrabaixo e violão. Quando pré-adolescente me aventurei pelo teclado e pela bateria. Foi muito bom, pois me deu uma noção musical mais ampla. Mas chega uma hora em que você precisa parar de pular de galho em galho e focar.

Desde quando dá aulas?

Comecei também muito cedo a lecionar. Lá pelos 17 anos. Dar aula é aprender diariamente, em cada aula, com cada aluno, por mais diferentes que eles possam ser entre si. É um trabalho que é pura satisfação.

 

Laura Dalmás e Banda Cabelo Cacheado. 

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