Qualidade da fruta marca abertura da colheita da maçã e da uva no Rio Grande do Sul
18/02/2019
Por Clic Paverama | contato@clicpaverama.com.br | Clic do Vale
Em Agricultura e Meio Ambiente
Uma demonstração do Rio Grande do Sul que gera empregos e fortalece a economia. Maior produtor de uvas e o segundo maior de maçãs do Brasil, o Estado abriu oficialmente a colheita das duas culturas neste sábado, dia 16. O governador Eduardo Leite, o vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior, e o secretário de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, participaram dos dois eventos, em Monte Alegre dos Campos e Vacaria.
Para o secretário Covatti Filho, a uva e a maçã são culturas que se destacam e merecem atenção: "Representam o potencial não só da região, mas de todo Estado. Por isso, estamos planejando políticas de governo que possam dar todas as ferramentas para apoiar os setores".
A primeira parada foi no pomar José Sozo, em Monte Alegre dos Campos. O Rio Grande do Sul colhe 45% das maçãs brasileiras, segundo a Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã (Agapomi). A área de cultivo é de 14 mil hectares, distribuídos em 26 municípios. As macieiras são a principal fonte de renda para 550 pequenos, médios e grandes produtores. A região dos Campos de Cima da Serra é o grande destaque: concentra 88% da produção gaúcha e 37% da nacional.
O governador reforçou a importância do setor primário e da presença de autoridades na abertura da colheita: "Para prestigiar o empreendedorismo e a maior capacidade do nosso povo, que é o trabalho. A gente sabe que, especialmente no caso da uva, houve episódios complicados, até com queda de granizo, que afetaram a produção, mas o povo gaúcho, resiliente e com disposição para trabalhar, garante ainda assim uma safra importante. Portanto, a gente está aqui para celebrar essa capacidade de superação e valorizar quem produz para o nosso Estado."
Maçãs com mais qualidade:
Na última safra, o RS colheu 490 mil toneladas. A expectativa para 2019 é um pouco menor: 470 mil toneladas. No entanto, como explica o presidente da Agapomi, José Sozo, que planta maçãs há 30 anos, uma pequena redução no volume não é preocupante porque as frutas ganharam em qualidade: "É uma das melhores safras que eu vi. Uma maçã graúda, que pode ir pra exportação e atende à primeira qualidade do mercado interno. Então, nesse ano, nós vamos remunerar bem o nosso agricultor". O RS é o maior exportador de maçãs do Brasil. Os principais compradores são a Europa e a Ásia.
Uvas gaúchas também em alta:
Depois da maçã, foi a vez da uva. O governador abriu a colheita em Vacaria. Em 2018, o RS colheu 663,2 milhões de quilos, destinados à produção de sucos, vinhos e espumantes, segundo o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Quase 30 milhões de quilos só na região dos Campos de Cima da Serra. A safra de 2019 deve ter uma redução de 10%, por causa das chuvas e do granizo.
Os parreirais ocupam quase 50 mil hectares no Rio Grande do Sul, responsável por 90% da produção nacional. A atividade movimenta R$ 3,5 bilhões por ano no estado e envolve diretamente 15 mil famílias de pequenos agricultores. Já são 138 tipos de uva cultivadas.
Novidade para Vacaria:
Leite aproveitou a passagem por Vacaria para anunciar a cedência de 90 hectares da área da extinta Fepagro para a ampliação do Distrito Industrial 3 do município. Os trâmites do anúncio, feito há um ano, foram concluídos na sexta-feira (15). "Determinei agilidade nesse processo e, portanto, a demanda da prefeitura está sendo atendida. Vai contribuir para abrigar novas indústrias e, consequentemente, gerar desenvolvimento, emprego, renda, enfim, arrecadação para o município e para o Estado, o que ajuda a superar o problema fiscal do governo", explicou.
ASCOM Governo do Estado
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