O presidente Romildo Bolzan Júnior anunciou, nesta quinta-feira, que vai permanecer no Grêmio até o final do mandato (dezembro de 2022) e, com isso, abre mão da candidatura ao governo do Rio Grande do Sul pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista). "Todo mundo sabe que sou um militante político e sou filiado a um partido político. Não vejo nisso nenhum crime e nenhuma desonra. Recebi o convite para concorrer ao governo do Estado e fico muito orgulhoso. Sou muito grato ao PDT. Porém, nesse momento, disse a eles que não poderia aceitar e vou concluir o mandato no Grêmio", disse em entrevista coletiva.
A novela sobre a indefinição de Romildo ser ou não o pré-candidato do PDT para concorrer às eleições do Piratini durava alguns meses. Em entrevistas recentes, o mandatário gremista, quando indagado sobre o assunto, não fechava a porta. Pelo contrário, deixava a possibilidade em aberto. Nesta quinta-feira, porém, colocou um ponto final e garantiu permanência no Tricolor.
"Recebi o convite, fizemos uma avaliação e, aqui, eu faço a mea-culpa. Cometi o erro de ter demorado na resposta. Deveria ter encerrado o assunto muito antes", reconheceu o dirigente.
Romildo Bolzan está no seu terceiro mandato como presidente do Grêmio e, nesses oito anos de clube, conquistou dez títulos. Os mais importantes foram: Copa do Brasil (2016), encerrando uma seca de 15 anos sem conquistas relevantes, e Libertadores (2017). Porém, no último ano, viveu o pior momento: o rebaixamento para a Série B do Brasileirão.
"Para estar no Grêmio, em 2014, renunciei à presidência do PDT. A partir daquele momento, eu tinha só uma missão: ser presidente do Grêmio. E pretendo concluí-la", finalizou.
Polêmica envolvendo o DM e Ciro Simoni:
Nos últimos dias, o Departamento Médico do Grêmio viveu uma nova polêmica: a lesão de Ferreira, que passou por cirurgia e vai ficar afastado dos gramados por dois meses. Romildo Bolzan falou sobre a "competência" dos médicos do clube e explicou o trabalho de Ciro Simoni, presidente do PDT gaúcho, que atua como diretor médico tricolor.
"O Ciro (Simoni) não tem a rotina do departamento médico. Ele é um agente político do departamento na relação dos médicos com a direção de futebol, com a direção do clube e faz os debates com eles do ponto de vista técnico. Mas não tem a rotina técnica do tratamento, do diagnóstico, do prontuário, de todo o protocolo dos jogadores em relação ao seu cuidado. Porque isso, diariamente, o médico vem aqui, faz a avaliação dos jogadores, pergunta para eles se tem alguma intercorrência e faz o pontuário. Os médicos do Grêmio são competentes", disse Romildo.