O mês de setembro é marcado por uma importante campanha de conscientização e prevenção ao suicídio, o Setembro Amarelo. Iniciada no Brasil em 2015, essa mobilização tem como objetivo principal promover a conscientização sobre a importância de se discutir a saúde mental, além de oferecer apoio e informações para a prevenção do suicídio, que ainda é um tabu em muitas sociedades.

O movimento foi criado pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Durante todo o mês, várias ações são realizadas em diferentes espaços, como palestras, caminhadas, rodas de conversa e campanhas educativas, todas com o intuito de alertar a população sobre a realidade do suicídio e como ele pode ser evitado.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece suporte emocional gratuito e confidencial por meio do número 188, disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana. Esse serviço é um recurso fundamental para aqueles que precisam de ajuda imediata ou desejam conversar com alguém treinado para oferecer apoio durante momentos de crise. Não hesite em ligar e buscar a assistência necessária para superar dificuldades.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos em todo o mundo, o que corresponde a uma morte a cada 40 segundos. No Brasil, são registrados cerca de 14 mil casos anuais, sendo que muitos deles poderiam ser evitados com intervenções adequadas e um suporte psicológico eficiente.

ORIGEM:

A origem do Setembro Amarelo remonta aos Estados Unidos, em 1994, com a trágica história de Mike Emme, um jovem de 17 anos que cometeu suicídio. Mike, conhecido como “Mustang Mike”, era um entusiasta de automóveis que havia restaurado um Mustang 68, pintando-o de amarelo.

Apesar de seu talento e do carinho de sua família e amigos, ninguém percebeu a profundidade dos problemas psicológicos que Mike enfrentava. Sua morte foi um choque para todos, e, no dia do seu velório, seus pais e amigos prepararam uma cesta com cartões decorados com fitas amarelas, acompanhados da mensagem: “Se você precisar, peça ajuda.”

Essa iniciativa simples, mas significativa, tocou muitas pessoas e se tornou um catalisador para um movimento importante de prevenção ao suicídio. Os cartões, com sua mensagem de apoio, chegaram a quem precisava, gerando uma onda de conscientização. O laço amarelo, associado a essa história comovente, foi escolhido como símbolo da luta contra o suicídio e da promoção da saúde mental.

SE PRECISAR PEÇA AJUDA:

Todos nós temos um papel crucial na promoção da conscientização sobre o valor da vida e na prevenção do suicídio, um tema que muitas vezes ainda é envolto em tabu. Falar abertamente sobre o assunto é fundamental para que aqueles que enfrentam momentos de crise se sintam encorajados a buscar ajuda e reconheçam que a vida sempre é a melhor escolha.

Quando alguém considera encerrar sua vida, seus pensamentos, sentimentos e ações ficam extremamente limitados. A pessoa se concentra obsessivamente na ideia do suicídio, incapaz de enxergar outras soluções ou formas de superar o problema. Esse estado mental é frequentemente resultado da distorção provocada pelo sofrimento emocional intenso.

A melhor forma de combater esse problema grave é informar-se para poder ajudar os outros de forma eficaz. É essencial que familiares e amigos saibam identificar sinais de que alguém pode estar pensando em suicídio e ofereçam suporte. Isso envolve ouvir ativamente e sem julgamentos, mostrar disponibilidade para ajudar e demonstrar empatia. Mais importante ainda é encorajar a pessoa a procurar um psiquiatra, que pode oferecer o tratamento e o suporte necessários para lidar com a situação e salvar a vida do paciente.

Números de telefone para ligar em busca de ajuda emocional, conversas e apoio durante situações de crises:

• Centro de Valorização da Vida (CVV): 188 (atendimento 24 horas, gratuito em todo o Brasil)
• SAMU: 192 (emergências médicas)
• Corpo de Bombeiros: 193 (emergências)
• Disque Saúde Mental: 141 (em alguns estados, para informações sobre saúde mental e encaminhamento)

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