CERTAJA Energia recebe o Encontro de Padronização da FECOERGS

Colaboradores de 11 cooperativas participaram do evento, realizado nos dias 5 e 6 de outubro.

10/10/2022

Por @ClicPaverama | contato@clicpaverama.com.br
Em Notícias Gerais

A CERTAJA Energia sediou, nos dias 5 e 6 de outubro, o Encontro de Padronização da Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do Rio Grande Do Sul (FECOERGS). A programação envolveu 11 cooperativas, representadas por 39 técnicos das Comissões de Padronização da Área Técnica, dos setores de operação e manutenção dos sistemas elétricos e dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT).

O primeiro dia foi dedicado à atualização da documentação técnica referente aos ajustes das proteções dos inversores de microgeração e minigeração distribuída e à revisão dos regulamentos de Instalações Consumidoras – Fornecimento em Média Tensão (RIC-MT). Quanto ao SESMT, o foco foi a priorização e revisão dos procedimentos de trabalho e orientações técnicas.

Nome de peso:

O segundo dia do evento contou com um nome de peso: Aguinaldo Bizzo. Diretor da DPST - Desenvolvimento e Planejamento em Segurança do Trabalho, o engenheiro eletricista e de segurança no trabalho é, entre as atividades de um extenso currículo, membro do Grupo de Trabalho Tripartite (GTT) responsável pela elaboração da NR 10 vigente e da NR 35.

"Sinto-me privilegiado de vir aqui. É uma satisfação estar com o pessoal”. Crédito: Cristiane Lautert Soares/CERTAJA Energia

Bizzo deu orientações sobre a elaboração do Inventário de Perigos e Riscos Elétricos no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) para atendimento à NR 10 e, principalmente a NR 01*. Tratou, ainda, sobre responsabilidade e cálculo da energia incidente; avaliação dos agentes de riscos do setor elétrico (GRO/PGR); prontuário elétrico e análise de riscos nas atividades no setor elétrico.

Em entrevista a CERTAJA Energia, Bizzo abordou as dificuldades e os desafios para a estruturação da documentação no segmento de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. “A falta de literatura, a falta de conhecimento técnico para que se faça essa obrigatoriedade legal, que são o PGR e o Inventário de Perigos e Riscos Elétricos, têm causado muitos problemas para as empresas, em especial para esse setor, pela falta de subsídios para elaborá-los corretamente”, observou.

“O objetivo é este: vir aqui capacitá-los ou auxiliar para elaborar isso, e aproveitar e fazer uma atualização de todo o processo de atualização de normas regulamentadoras que está ocorrendo no Brasil. Sinto-me privilegiado de vir aqui. É uma satisfação estar com o pessoal”, complementou.

Organizador do evento, o engenheiro de segurança da CERTAJA Energia, Leandro Vargas, celebra o resultado da programação. “Sem dúvida, contribuiu para o aprimoramento dos responsáveis técnicos pela análise dos perigos e riscos aos quais estão expostos os trabalhadores das cooperativas nas mais diversas atividades, seja na distribuição, transmissão e geração”. Ele também destaca que tudo só foi possível graças ao trabalho de muitas pessoas. “Muita gente colaborou para que o evento fosse um sucesso. Só tenho a agradecer a cada um que, de alguma forma, contribuiu. Temos uma equipe com muita harmonia.”

Programa de Padronização da FECOERGS:

Engenheiro eletricista da FECOERGS e responsável pelo Programa de Padronização das cooperativas no Rio Grande do Sul, Luis Osório Martins Dornelles conta que tudo começou como um projeto, em 2003, fruto do planejamento estratégico da Federação. O objetivo era unificar os padrões e as normas técnicas das cooperativas. Posteriormente, tornou-se um programa que, atualmente, é focado basicamente na distribuição.

“Ele abrange a parte de projetos, construção e operação das redes aéreas de distribuição, e procura trazer procedimentos com o viés da segurança e metodologias para que o trabalho seja executado de forma ágil e, principalmente, segura”, explica.

Entre os benefícios da unificação dos procedimentos de trabalho em todas as cooperativas, Osório aponta a estruturação do Plano de Contingência para todo o Estado. Quando a área de atuação de uma cooperativa é acometida por um evento climático severo, um protocolo de ações estabelecido possibilita que equipes de cooperativas co-irmãs auxiliem no restabelecimento de energia o mais rápido possível. “É um diferencial que, hoje, as cooperativas têm, que a gente chama de intercooperação. Somos pequenos, mas somos unidos”.