Incêndio da Boate Kiss completa 11 anos neste sábado

Entre as vítimas estava a paveramense Fernanda Tischer (Foto), na época com 21 anos, que estudava na Universidade Federal de Santa Maria.

27/01/2024

Por @Clic Paverama | contato@clicpaverama.com.br | Clic do Vale
Em Notícias Gerais

O incêndio da boate Kiss completa 11 anos neste sábado. Em memória a cada um dos 242 jovens mortos na tragédia, familiares das vítimas realizaram manifestações em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Durante a madrugada, houve caminhada e um ato simbólico no horário que iniciou o incêndio no 27 de janeiro de 2013.

No fim da noite de sexta-feira, um grupo usando máscaras brancas sem a parte da boca caminhava desde a Praça Saldanha Marinho, onde está montada a tenda para vigília, até o prédio onde funcionava a boate, na Rua dos Andradas, na área central da cidade. As máscaras foram fixadas na parede do prédio. Flores e itens pessoais, como calçados, também foram colocados em frente ao local.

Incêndio da Boate Kiss completa 11 anos com homenagens e espera por segundo julgamento — Foto: Reprodução AVTSM
Incêndio da Boate Kiss completa 11 anos com homenagens e espera por segundo julgamento — Foto: Reprodução AVTSM

A partir das 2h30min do sábado, houve a leitura dos nomes de todas as vítimas, além do badalo de sinos. Desde o início da semana, há cavaletes, na cor preta, com frases como "Eu não sou apenas um número". As manifestações são organizadas por entidades como o Coletivo Kiss: Que não se repita (KQNSR) e a Associação de Vítimas da Tragédia de Santa Maria (AVTSM).

Após a anulação do primeiro júri, os quatro réus respondem em liberdade, sendo que o novo julgamento está marcado para 26 de fevereiro, na Capital.

Incêndio:

A tragédia começou quando um integrante da banda Gurizada Fandangueira acendeu em cima do palco um fogo de artifício que inflamou o revestimento de espuma do teto e das paredes, lançando gases tóxicos num ambiente sem ventilação nem saídas adequadas. Morreram 242 pessoas e 636 ficaram feridas.

Entre as vítimas estava a paveramense Fernanda Tischer (Foto), na época com 21 anos, que estudava na Universidade Federal de Santa Maria.

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Tantas foram as protelações da Justiça, que o primeiro julgamento levou oito anos e dez meses para acontecer. Em dezembro de 2021, o júri condenou os sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, o músico Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor Luciano Bonilha Leão a penas entre 18 e 22 anos de prisão. Os condenados puderam recorrer em liberdade, mas depois foram detidos.

Em agosto de 2022, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul anulou o júri em razão de questões formais, sem entrar no mérito das acusações. Desde então, os réus passaram a acompanhar o caso em liberdade.

 

O Globo