BOA NOTÍCIA: Petrobras anuncia queda de 3% para gasolina e diesel a partir de hoje
Medida ocorre após o recuo das tensões entre os Estados Unidos e o Irã; A gasolina não sofria um reajuste desde 1º de dezembro, enquanto o diesel tinha a cotação estável desde 21 de dezembro
14/01/2020
Por Clic Paverama | contato@clicpaverama.com.br | Clic do Vale
Em Notícias Gerais
A Petrobras reduzirá o preço médio da gasolina e do diesel nas refinarias em 3% a partir desta terça-feira, dia 14, informou a companhia, após ter mantido os valores de ambos os combustíveis estáveis por semanas.
A gasolina não sofria um reajuste desde 1º de dezembro, enquanto o diesel tinha a cotação estável desde 21 de dezembro, quando houve um aumento de 3%. Nos preços da gasolina, houve um aumento de 4% no dia 27 de novembro.
A Petrobras tem reiterado que sua política de preços para a gasolina e o diesel segue o princípio da paridade de importação, formada pela cotação internacional dos produtos mais os custos de importadores, como transporte e taxas portuárias, com impacto também do câmbio, destaca a Reuters.
A redução do preço dos combustíveis nas refinarias ocorre após um acomodação dos preços internacionais do petróleo.
O petróleo Brent (referência internacional) fechou abaixo dos US$ 65 por barril na sexta-feira (10) e registrou a primeira queda semanal (-5,3%) desde o final de novembro, em patamares inferiores aos registrados antes do início das tensões no Oriente Médio. No dia 6, o preço do barril do tipo Brent chegou a bater US$ 70, valor mais alto desde setembro.
Nesta segunda-feira, os preços de referência da commodity caíam cerca de 1% no início da tarde.
No dia 3, após os ataques dos Estados Unidos que mataram um comandante militar do Irã e elevaram a tensão no Oriente Médio, a Petrobras divulgou comunicado em que já afirmava que não faria um reajuste imediato nos preços dos combustíveis.
A estatal destacou na ocasião que, "de acordo com suas práticas de precificação vigentes", não há periodicidade pré-definida para reajustes dos valores dos combustíveis nas refinarias.
"Os reajustes estão bem em consonância com o que aconteceu no mercado internacional. As cotações devolveram bastante depois do pico da crise no Oriente Médio, e eles (o mercado) já tiraram praticamente todo o risco do preço do petróleo", afirmou à Reuters o chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva.
"Na semana passada, a Petrobras já poderia ter reduzido o preço, mas eu acredito que eles esperaram a situação se acalmar, passar o fim de semana, para ver se não haveria nenhum repique na crise lá fora."
Em meio a preocupações com os possíveis efeitos de tensões no Oriente Médio sobre os preços dos combustíveis, o governo federal tem estudado alternativas para aliviar repasses de altas do petróleo aos combustíveis.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse durante na semana passada que o governo avalia utilizar recursos de royalties e participações especiais cobradas sobre a produção de petróleo para compensar eventuais impactos dos preços internacionais nas bombas.
O presidente Jair Bolsonaro tem reiterado que seu governo não irá intervir na política de preços da Petrobras.
Mudanças no ICMS são discutidas para novo cálculo do preço da gasolina
Preço nos postos:
O repasse dos ajustes de preço nas refinarias para o consumidor final nos postos depende de diversos fatores, como impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis.
Na semana passada, o preço da gasolina ficou estável nos postos e interrompeu uma sequência de dez aumentos consecutivos, segundo dados da pesquisa semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
De acordo com o levantamento da ANP, o valor médio da gasolina por litro permaneceu em R$ 4,558. Já o preço do diesel teve leve alta de 0,11% na semana, para R$ 3,783 por litro, em média. O preço do etanol também subiu com mais força, com avanço de 0,35% na semana, para R$ 3,185 por litro.
Fonte: G1
Mais lidas da semana