Guedes confirma prorrogação do auxílio emergencial por dois meses com valor de R$ 300
Segundo ministro, medida é necessária para "retorno seguro ao trabalho em 60 dias"; programa já concedeu o benefício a 58,6 milhões de brasileiros.
10/06/2020
Por Clic Paverama | contato@clicpaverama.com.br | Clic do Vale
Em Notícias Gerais
O ministro da Economia, Paulo Guedes, considera que a extensão do auxílio emergencial por mais dois meses, em julho e agosto, marcará o período necessário para que haja uma organização do "retorno seguro ao trabalho", seguindo protocolos internacionais. O comentário foi feito durante reunião ministerial no Palácio da Alvorada, nesta terça-feira, transmitida ao vivo pela TV Brasil.
No início da semana, o governo bateu o martelo e decidiu pagar mais duas parcelas de R$ 300 aos trabalhadores informais - além das três primeiras parcelas inicialmente aprovadas, de R$ 600, com vigência até julho. O programa já concedeu o benefício a 58,6 milhões de brasileiros.
"O primeiro passo, vamos lançar essa camada de proteção, com a extensão do auxílio emergencial por dois meses, enquanto isso organiza-se a volta, o retorno seguro ao trabalho, dentro dos bons protocolos", disse o ministro no encontro.
Segundo Guedes, o governo espera que "nesses 60 dias haja uma organização de retorno seguro ao trabalho". "Depois entramos em uma fase, finalmente, de decolarmos novamente atravessando as duas ondas. Esse é o desafio", declarou.
Na segunda-feira, Guedes sinalizou que o governo apresentará um novo formato do Bolsa Família, que passaria a se chamar Renda Brasil. Ele fez uma breve explicação do que seria o programa de auxílio para famílias de baixa renda em reunião com outros ministros e lideranças partidárias.
Segundo o ministro, a intenção seria tirar faixas da população da linha de pobreza após a pandemia do novo coronavírus, mas não deu detalhes sobre valores e prazos para lançamento. A prorrogação do auxílio emergencial deve ser um primeiro passo na direção da discussão mais ampla sobre a criação de uma renda básica no Brasil.
Como mostrou o Estadão recentemente, a equipe econômica quer atrelar esse debate a uma revisão de gastos sociais considerados ineficientes. Na mira dos técnicos estão gastos como abono salarial, seguro-defeso (pago a pescadores artesanais no período de reprodução dos peixes, quando a pesca é proibida) e farmácia popular.
Na área econômica, a avaliação é de que esse debate deve começar, mas “sem pressa”. A ideia é discutir detalhadamente como melhorar a alocação dos recursos que já existem no Orçamento para fortalecer as políticas sociais e melhorar a distribuição de renda. Alguns dos benefícios existentes hoje, como o próprio abono ou a farmácia popular, acabam contemplando inclusive famílias de renda mais alta.
AE
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